Fraturas do úmero (Fratura do Ombro)

Texto de Dr.Joel Murachovsky      Contatos: 11-32570763   ou  11- 37391334

FRATURAS  DO ÚMERO (PROXIMAL) Causas, Sintomas e Tratamento

A fratura do terço proximal do úmero é a 3a fratura mais comum, representando 5 a 7% de todas as fraturas e 40% das fraturas que ocorrem no úmero. É  causa de dor no ombro e impotência funcional. É mais comum acometer pacientes idosos e do sexo feminino, devido a uma maior osteoporose e, nesses casos 80% das fraturas são sem desvio ou com um desvio mínimo, sendo possível o tratamento conservador. Contudo, essa fratura pode ocorrer também em jovens, submetidos a um trauma de alta energia.

Nessas fraturas quanto maior o número de fragmentos, mais comprometida fica a vascularização da cabeça do úmero, ou seja, menos chances de sangue chegar adequadamente para nutrir a cabeça do úmero e, consequentemente, pior a evolução funcional.

Fratura em 3 partes tratada com fixação com fios de aço e parafusos percutânea
Fratura em 3 partes tratada com fixação com fios de aço e parafusos percutânea

O paciente com uma fratura do terço proximal do úmero tem muita dor e, geralmente,  reclama de não conseguir mexer o ombro por conta da  dor. Apresenta o ombro acometido edemaciado e com equimose local. É importante o exame neurólogico do paciente, pois em alguns casos pode haver uma lesão de nervo, causada pelo trauma.

Por meio do exame radiográfico somos capazes de avaliar se uma fratura necessita ou não de tratamento cirúrgico, contudo a tomografia as vezes é importante para nos ajudar a escolher o melhor método de tratamento, quando a cirurgia é indicada.

Quando o tratamento conservador é indicado, o paciente é imobilizado com uma tipóia simples de ombro e até o final das primeiras 4 semanas, apenas flexo-extensão do cotovelo é permitido. Nas próximas duas semanas o paciente ainda é mantido na tipóia, mas permite-se rotação lateral passiva e ativa-assistida até neutro (0º), assim como exercícios isométricos para o deltóide. Após as 6 semanas iniciais, confirmado a consolidação da fratura por meio do Raio- X, o paciente inicia o trabalho de ganho de amplitude de movimento e passa a realizar exercícios isométricos, também para os rotadores do ombro e músculos peri-escapulares e, apenas após um ganho significativo da movimentação  é que iniciamos exercícios de fortalecimento isotônicos.

Quando a fratura é de indicação cirúrgica, diversos métodos de tratamento podem ser usados, e a indicação de um método ou de outro, dependem da idade do paciente, da qualidade óssea,  do número de fragmentos existentes e  de quais fragmentos estão desviados. Podem ser usados placa e parafusos, fios de aço, parafusos e amarrilhas e, eventualmente, a prótese de ombro.